Cabe-nos a nós, flavienses amigos da vinha, "matar" o mito e diagnosticar os males de que enferma a cultura da vinha em terras de Aquae Flaviae.
Geadas primaveris tardias e o equinócio de Setembro não acontecem só em Chaves.
O maior problema na cultura da vinha e que pode justificar a afirmação de Chaves não é terra de vinhas, está relacionado com a divisao da propriedade rural em courelas de reduzida dimensão que invibializa logo á partida qualquer projecto de exploração com rentabilidade assegurada.
O segundo problema prende-se com a desorganização das vinhas velhas onde coabitam uma grande quantidade de castas misturadas "tudo ao molho"... e os donos da vinha nem sequer sabem os nomes das castas..
Resolvidos estes dois problemas, só temos vantagens:
Temos ladeiras com muito sol, temos solos com qualidade para produzir bom vinho.
Há meia dúzia de meses tive a felicidade de visitar uma vinha na Ribeira de Oura na freguesia de Arcossó.
Quem visita a vinha e se interessa por viticultura tem a oportunidade de tomar contacto com as mais modernas técnicas da cultura da vinha e conhecer as castas da moda.
Todos aqueles que já tiveram a sorte, de subir os degraus da adega da quinta e de provar um branco de Arcossó ou um tinto reserva de Tourigas, acabaram convencidos de que afinal em Chaves também se produz vinho de altíssima qualidade.
O meu amigo Amilcar Salgado, um jovem viticultor com a escola do "Novo Mundo ", está de parabéns pelo trabalho já realizado e pelos ensinamentos que vem transmitindo a todos aqueles que se interessam por estas coisas; por todas estas razões merece hoje o destaque no Blog Vinhas de Chaves.